#CADÊ MEU CHINELO?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

[zipmusic] MAYER HAWTHORNE NO CIRCO VOADOR




::txt:: Oscar Vasconcelos::
pht::Mayer Hawthorne::

O Circo Voador pegou fogo! No último dia 14, a tradicional casa de shows na Lapa, berço de grandes bandas nacionais e palco de apresentações históricas, recebeu um desses artistas que marcam profundamente e, sem dúvida, ficam positivamente marcados pela retribuição do público. Mayer Hawthorne é o nome da vez. Além de “soulman”, ele é produtor, engenheiro de som, compositor, arranjador, DJ e multi-instrumentista. Ficou inicialmente conhecido por uma parceria com Snoop Dogg na música "Gangsta Love". Só depois, por acaso, ou destino, se arriscou como cantor e, para o bem da arte, gravou o elogiadíssimo álbum “A Strange Arrangement”. Em recente entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, declarou: “Obviamente, Smokey Robinson e Curtis Mayfield estão entre minhas maiores influências. Eu tenho muitos negros em mim". Fica claro que a tal influência da Motown está lá, mas isso não significa “mais do mesmo”, Mayer tem uma sonoridade muito particular e está ciente disso.

Muita gente não sabia exatamente o que ouviria naquela noite, mas a expectativa, baseada na divulgação boca a boca e nas informações disponíveis na internet, era das melhores. Por volta de 23:40, quando Mayer subiu ao palco com sua banda atrás, um pandeiro na mão e a deliciosa “Your Easy Lovin' Ain't Pleasin' Nothin'” na ponta da língua, instantaneamente elevou o bom astral do ambiente e mostrou que estava ali para fazer um ótimo trabalho. Inclusive, ao final da primeira música, ele foi logo avisando que aquilo ali não era um concerto, se tratava de um show e queria todos se divertindo. Quem não quisesse participar da festa deveria ir lá pro fundo. Disse isso esbanjando simpatia e bom humor, logo conquistou definitivamente o público, pra lá de animado, que lotava a casa.

A partir daí ele foi enfileirando as pérolas do seu disco e releituras de clássicos da “soul music”, mantendo a animação sempre alta. A primeira sequência continuou com “Make Her Mine”, “Maybe So, Maybe No” (aqui ele aproveitou e pôs todo mundo pra fazer o vocal) e “I Wish It Would Rain”. Apresentou duas canções novas, “No Strings” (com citação de “Beautiful” do Snoop Dogg ao final) e “Long Time” que provavelmente estarão no álbum que será lançado em 2011. Ainda presenteou a todos com covers matadoras de “What a Fool Believes” (The Doobie Brothers) e “Fall in Love” (Slum Village). O show foi encerrado com a dobradinha “Just Ain't Gonna Work” Out e “The Ills”.

A temperatura sob a lona não parou de subir, o público, numa espécie de hiperatividade coletiva, parecia insaciável e clamava por mais. Muito mais. Veio o bis, tranquilo, com “A Strange Arrangement”, talvez o momento mais calmo da noite, mesmo assim durou pouco, logo vieram “One Track Mind” e mais uma bela interpretação de temas alheios, “Mr. Blue Sky” (Electric Light Orchestra). Agradecimentos, despedida e mesmo assim ninguém arredou pé dali. Valeu a pena, Mayer e banda voltaram para fazer um final apoteótico, uma versão “arrasa quarteirão” de “Work To Do” (Isley Brothers) e, mais uma vez, nenhuma alma ficou parada.



Não houve quem ficasse insatisfeito. Uma comprovação disso, reside no fato de que se esgotaram todos os cds postos à venda na barraquinha de merchandising do artista. Muita gente, que gostaria de comprar, ficou sem. A outra, está na foto tirada pelo próprio (abaixo) e nas palavras publicadas por ele no twitter (@MayerHawthorne) no início da manhã, fielmente reproduzidas aqui: “BEST. SHOW. EVER! #RIO”. Certamente um evento histórico.

Nenhum comentário:

#ALGUNS DIREITOS RESERVADOS

Você pode:

  • Remixar — criar obras derivadas.

Sob as seguintes condições:

  • AtribuiçãoVocê deve creditar a obra da forma especificada pelo autor ou licenciante (mas não de maneira que sugira que estes concedem qualquer aval a você ou ao seu uso da obra).

  • Compartilhamento pela mesma licençaSe você alterar, transformar ou criar em cima desta obra, você poderá distribuir a obra resultante apenas sob a mesma licença, ou sob licença similar ou compatível.

Ficando claro que:

  • Renúncia — Qualquer das condições acima pode ser renunciada se você obtiver permissão do titular dos direitos autorais.
  • Domínio Público — Onde a obra ou qualquer de seus elementos estiver em domínio público sob o direito aplicável, esta condição não é, de maneira alguma, afetada pela licença.
  • Outros Direitos — Os seguintes direitos não são, de maneira alguma, afetados pela licença:
    • Limitações e exceções aos direitos autorais ou quaisquer usos livres aplicáveis;
    • Os direitos morais do autor;
    • Direitos que outras pessoas podem ter sobre a obra ou sobre a utilização da obra, tais como direitos de imagem ou privacidade.
  • Aviso — Para qualquer reutilização ou distribuição, você deve deixar claro a terceiros os termos da licença a que se encontra submetida esta obra. A melhor maneira de fazer isso é com um link para esta página.

.

@

@